Maquiavel
Mais adiante, infere-se da obra que a arte de governar está ligada à intimidação, sagacidade e porque não enganação – já que para Maquiavel os fins justificam os meios. Um verdadeiro líder deve ouvir tudo, mas confiar apenas em si próprio.
“Concluo, pois, voltando à questão de ser temido e amado, que um príncipe sábio, amando os homens como a eles agrada e sendo por eles temido como deseja, deve apoiar-se naquilo que é seu e não no que é dos outros; deve apenas empenhar-se em fugir ao ódio, como foi dito.” (Cap. XVII)
Por fim o autor declara que para um príncipe se manter no governo é necessário adaptar-se àquele tempo em que vive.
“Por isso, o homem cauteloso, quando é tempo de passar para o ímpeto, não sabe fazê-lo e, em conseqüência, cai em ruína, dado que se mudasse de natureza de acordo com os tempos e com as coisas, a sua fortuna não se modificaria.” (Cap. XXV)
E na Itália (local onde o contexto histórico da época – 1513- proporcionou a criação do livro “O Príncipe) deve haver novas leis e ornamentos, e um governante sábio e forte. [È a segunda tese principal que propõe a Unificação Italiana.]
“Consideradas pois, todas as coisas já expostas, pensando comigo mesmo se no momento presente, na Itália, corriam tempos capazes de honrar um príncipe novo e se havia matéria que assegurasse a alguém, prudente e valoroso, a oportunidade de nela introduzir nova organização que a ele desse honra e fizesse bem a todo o povo, quer me parecer