Maquiavel
Maquiavel dedicou sua vida para tratar da política, exercendo função de homem público na cidade de Florença e posteriormente teorizando-a.
A realidade política italiana no início do século XVI era de um país dividido em diversas cidades-Estado, marcado pelas inúmeras disputas internas e pela ameaça das forças estrangeiras. Florença, apesar do predomínio da família Medici no poder, também vivia a insegurança da instabilidade política. A Igreja de Roma, com seu poder religioso e político, constituía a grande força entre as cidades-Estado, porém voltada aos interesses da própria instituição. Através da leitura da história, Maquiavel conhecia os bons resultados políticos provenientes da adequada utilização da religião, principalmente na Roma antiga com a prática da religião pagã, o que lhe permitia concluir que a religião constituía um poderoso instrumento à serviço da política, desde que sua prática estivesse voltada para tal finalidade.
Sua obra literária é vasta e merecedora de estudos, pois revela a mentalidade de sua época. Nenhum outro pensador fez mais do que ele para subverter as doutrinas políticas da Idade Média, em especial as idéias de governo limitado e as bases éticas da política. "Os meios justificam os fins"; é a mais famosa proposição maquiavelana.
Sua obra mais famosa é O Príncipe, pela qual Maquiavel expõe sua doutrina política, atribuindo ao Estado todo o poder, mesmo em detrimento do interesse individual. Para Maquiavel, o Estado é um fim em si mesmo. A suprema obrigação do governante é manter o poder e a segurança do país que governa. Sejam quais forem os meios necessários para capacitá-la a cumprir essa obrigação, não deve o príncipe hesitar em adotá-los.
Maquiavel confessou sua preferência pelo absolutismo como