Maquiavel

Resumo Maquiavel
Cap: 55

Um Estado cujo povo não tenha sido corrompido é fácil de governar; onde existe a igualdade não se pode instituir a monarquia, e onde ela falta não se pode fundar uma república.

Para Maquiavel, um Estado onde o povo não tenha sido corrompido tende a ser melhor, pois assim fica fácil de governar, sem o uso da coerção. Maquiavel cita como exemplo a república alemã, que quando precisam de dinheiro para prover as despesas do governo os magistrados e o conselho impunham um tributo aos habitantes, que seguido por juramento eles contribuem de forma que lhes parecia justa. Deve-se concluir também que todos contribuem na proporção de vida; caso contrario o montante não atingiria a determinada quantia e se alguns deixassem de pagar a fraude não ficaria muito tempo oculta e se descoberta far-se-ia alguma alteração no procedimento.

Onde existisse igualdade não se pode instituir a monarquia, isso se deve ao fato de que na Alemanha não poderia existir indiferença, caso alguém quisesse viver como aristocrata seria morto sem piedade, Maquiavel entende aristocrata como uma pessoa que vive no ócio, sustentado pelos frutos de seus bens; que passa o dia na abundancia sem preocupar-se com os meios de sobrevivência, como a agricultura ou outro trabalho qualquer.

Onde ela falta não se pode fundar uma republica, pode-se então concluir que quem quiser estabelecer uma república em eu pais onde haja grande número de aristocratas não terá êxito a não ser que os mate a todos; a quem pretender instituir um reino, ou principado, onde exista sentimento de igualdade entre os homens, só terá êxito se elevar alguns deles acima do nível ordinária dos cidadãos, transformando esse espíritos ambiciosos em aristocratas de fato. E não só de títulos; dando-lhes terras e castelos, cercando-os de privilégios, súditos e riquezas, de modo que possam apoiar nesse instrumento seu poder e sua ambição.
Portanto, que o fundador de uma republica a