Maquiavel e a politica pré-moderna
Resenha 1 – Nicolau Maquiavel
Maquiavel inaugura a política moderna com o seu pensamento realista, ou seja, quebra as tradições gregas sobre um sistema idealizado. Seus estudos são baseados na realidade da sociedade em que vive, nesse caso, Florença, na Itália. O grande objetivo de sua vida é buscar métodos que expliquem a conquista, a manutenção e a não perda do poder. O Estado italiano, ainda não estava unificado; existiam principados – com diferentes formas de governo – que viviam em constantes conflitos.
Em sua principal obra, O Príncipe, Maquiavel deixa a quem interessar possa quais são as condições necessárias para manter um estadista no poder; não importando os meios que sejam necessários para isso, afinal, se toda ação feita obtiver resultados satisfatórios, seu público aplaudirá, não se importando com quem o que foi prejudicado para isso. Maquiavel destaca ainda que as pessoas estão sempre numa constante busca de bem comum da comunidade em que vivem, e é dever do Príncipe zelar por isso.
Maquiavel é um republicano nato, entretanto, dentro do contexto italiano em que viveu a desordem e descentralidade política e militar era constante, portanto, o apoio ao Estado absolutista era inevitável, para por fim assim, unificar a península. O Príncipe não é um ditador, é um fundador do Estado; um agente da transição numa fase em que a nação se acha ameaçada de decomposição.
Também é importante ressaltar, que no pensamento maquiaveliano a República é dita como própria apenas para sociedades equilibradas, pois propicia maior liberdade para seus cidadãos, instituições estáveis e conflitos, que são de certa forma, desejáveis, por serem fonte de vigor e demonstrar uma cidadania ativa.
“[...] aquele que estudar cuidadosamente o passado pode prever os acontecimentos que se produzirão em cada Estado e utilizar os mesmos meios que os empregados pelos antigos. Ou então, se não há mais os remédios que já foram empregados, imaginar outros novos,