ciências politicas
Maquiavel é considerado “pai” da ciência política. Que razões justificam esse “título” ao autor Fiorentino?
Nicolau Maquiavel. Filósofo e político, nasceu em Florença na Itália, destacou-se como um dos mais originais pensadores do Renascimento. Sendo uma figura brilhante, Maquiavel pai da Ciência política moderna foi o pensador mais odiado e incompreendido durante os séculos XVI e XVII e o mito, separação da moral pessoal da razão de estado, manteve-se até aos dias de hoje. A fonte deste engano é o seu mais influente e lido tratado sobre a forma de governar, O Príncipe, um livro que serve de receita política para a manutenção dos governos fortes e da ordem que proporcionam. Destaca-se o exaltar da chamada razão de Estado: o Estado há-de ser forte; o governante há-de ser astuto; os direitos dos indivíduos estão subordinados à razão da união, da defesa e controlo de toda a sociedade. O elemento essencial do Estado é a força. A tradição política ocidental ligava a ciência e a actividade política à ética. Aristóteles tinha elaborado esta posição quando definiu a política como uma mera extensão da ética. Maquiavel foi o primeiro a discutir a política e os fenómenos sociais nos seus próprios termos sem recurso à ética ou à jurisprudência. A harmonia da esfera pública era o seu objetivo, porém tinha um preço. De fato pode-se considerar Maquiavel como o primeiro pensador Ocidental de relevo a aplicar o método científico de Aristóteles e de Averróis à política. Para Maquiavel a política era uma única coisa: conquistar e manter o poder da ordem e a autoridade. Maquiavel tece elogios aos vencedores, mostra admiração por figuras como o Papa Alexandre VI e Júlio II devido ao seu extraordinário sucesso militar e político. A sua recusa em permitir que princípios éticos interferissem na sua teoria