Maquiavel e bento xvi
Publicidade e Propaganda – Introdução à Filosofia I
Professor: Antônio Pereira
Aluna: Mellyne Henriques Guerra
Em 2011, em uma visita à Alemanha, o antigo Papa, Bento XVI, passou por uma situação constrangedora, onde cumprimentava com o presidente um por um dos cardeais católicos presentes. Alguns cardeais recusaram estender a mão para cumprimentar o Papa, fato que surpreendeu o público. Um ano e meio depois, já em 2013, Bento XVI renunciou ao trono de Pedro. Esses fatos abrem portas para questionamentos e desconfianças do que se passava dentro da Igreja. O que Bento XVI teria feito (ou não feito) a ponto de desagradar parte dos cardeais? E qual seria o verdadeiro motivo da renúncia?
Embora tenha afirmado estar cansado e sem energia, há fortes indícios que Ratzinger estivesse isolado politicamente. Além disso, pesquisadores do Vaticano apontam três principais problemas os quais a Igreja Católica vinha enfrentando que possam ter perturbado o Papa a ponto de ele renunciar: impedimentos para que sacerdotes pedófilos fossem entregues à polícia civil, o vazamento de informações e documentos do Valtileaks e os escândalos do Banco Vaticano. O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, anunciou que “A renúncia foi uma mensagem à Cúria, mas também a todos nós”. Outro dito que fortalece a suspeita dos conflitos na Igreja, é o desabafo que o Papa fez em um discurso à jovens da Ação Católica: “a fragilidade humana está presente também na Igreja”.
Se tais especulações dos motivos da renúncia de Bento XVI forem reais, é possível observar sua incapacidade de administrar a Igreja Católica diante dos conceitos de Maquiavel, pois o antigo Papa não se adaptou ao que estava ocorrendo dentro da Igreja e não soube lidar nem dominar quando vazaram os escândalos. “Acredito que é prudente quem age de acordo com as circunstancias, e da mesma forma é infeliz quem age apondo-se ao que o seu tempo exige.” (Maquiavel, O Príncipe, cap. 25); o papa foi