Renascença ao Iluminismo
Geraldo Castro Cotinguiba2
A Renascença ou Renascimento Cultural
O Renascimento ocorreu na Europa no fim da Idade Média e o início da era moderna, o Renascimento representa uma transição histórica em que a política, a economia, a sociedade e a cultura foram modificadas profundamente. No âmbito da economia e da política, os senhores feudais e a igreja cristã – não existia, ainda, o protestantismo – passaram a dividir seu poder como o regime das monarquias absolutistas e, como isso, o feudalismo – modo de produção servil – foi perdendo, pouco a pouco, espaço para o mercantilismo, que se tornava a base do capitalismo nascente. Uma nova classe social se formava, a burguesia, que passava a competir com a aristocracia ou nobreza e o clero e, com isso, criava uma nova mentalidade por meio da educação, com as escolas humanistas, com a literatura, as artes, a filosofia e a ciência e o homem buscou superar o teocentrismo em favor do antropocentrismo. Essa mudança lembra a passagem do período présocrático ou cosmológico para o socrático ou antropológico, na Grécia antiga.
O modo de vida medieval não mais atendia às expectativas da nova classe social em formação, ele buscou, então, uma nova fonte de inspiração e essa inspiração foi a cultura greco-romana que, cada vez mais se tornou a base do novo estilo de vida baseada no senso de arte e estética, literatura, filosofia, direito e as ciências. Por isso o nome Renascimento. Renascer, em alusão à forma que a Fênix renascia das cinzas, a burguesia desejava que a Europa renascesse a partir da Grécia e de Roma. A sociedade renasceu das cinzas da cultura greco-romana em luta contra as potências que governavam há 1000 (mil) anos a “idade das trevas”
(Idade Média), de acordo com o pensamento burguês. O Renascimento foi um projeto ambicioso e significava fazer renascer o espírito investigativo, racional, filosófico, artístico e científico dos