MAPEAMENTO SISTEMATICO
As infra-estruturas de dados espaciais (IDEs) podem ser definidas como “o conjunto de esforços para garantir bases para descoberta, avaliação e utilização de dados espaciais” (Nerbert , 2004) . São estruturas organizadas que envolvem uma série de componentes, como conteúdo, metadados, catálogos on-line, padrões de interoperabilidade, políticas públicas de dados espaciais, capacitação, entre outros. As IDEs são construídas de forma tal que podem ser agrupadas para troca de informações em diversas escalas como mostra a Figura 1. Neste artigo, trataremos em especial das Infra-estruturas Nacionais de Dados Espaciais (INDEs). O interesse no tópico remonta ao início dos anos 90. Já em 2001, Coproevet et al. identificou mais de 120 países com INDEs em processo de estabelecimento. As primeiras INDEs já completaram 10 anos, as pioneiras sendo a americana (1994) e a australiana (1996). No América Latina, muitas INDEs já estão oficializadas e em funcionamento, como as da Colômbia, Venezuela, Cuba, Chile, Uruguai, Argentina e México.
Desde 1996 foi estabelecida a Associação para Infra-estrutura Global de Dados Espaciais, a GSDI, que organiza congressos bianuais e publica o SDI Cookbook (Nerbert , 2004), espécie de guia para implementação de IDEs. Nesta publicação, o conteúdo de uma IDE é descrito como a pedra fundamental para a existência da mesma. Para cumprir o seu papel, os dados fundamentais devem ser consistentes, completos, padronizados e atualizados. A Declaração de Santiago, redigida durante a conferência GSDI 9, realizada em 2006 no Chile, reforça esta importância da informação espacial para as IDEs:
“A informação espacial é um bem de uso público e constitui um elemento fundamental para o desenvolvimento de nossos países, convertendo-se em um pilar para o crescimento.
Os governos deveriam materializar seus investimentos no desenvolvimento, implementação, aplicação e uso da informação espacial e consequentemente efetuar os aportes orçamentários aos