Manual de pastelaria
Formadora: Sílvia Oliveira
História da Pastelaria em Portugal
Segundo certos autores, já os nossos antepassados Lusitanos teriam de forma procedido á confecção de doces. Decerto que nesses longínquos tempos, a variedade não seria muita ou as preocupações em relação á sua estética ou beleza eram muito poucas, tanto mais que a base da sua confecção eram produtos de farinha de bolota e o mel, alem do leite de cabra, visto que produtos como o açúcar ou a farinha de cereais ou eram desconhecidos ou não eram abundantes na península.
Com a chegada dos Romanos, e o começo do seu estabelecimento na Península, começaram a implantar os seus usos e costumes junto dos nativos locais, pois com eles chegaram também, outros produtos até então desconhecidos na região. Além disso começou-se a assistir ao nascimento dos doces.
Embora a doçaria tenha atingido, uma dimensão comercial, tal desenvolvimento acabou por estagnar, devido à queda do Império e a devastação da Península aquando das invasões de vários povos vindo do norte da Europa. Desde a queda do império Romano, as populações daquilo que restava das grandes cidades passaram a confeccionar doces por ocasiões de grandes festividades.
Apenas os mosteiros, devido à sua função de “unidade de produção” e “centros culturais” (talvez por aí haver quem soubesse, e por também existirem géneros necessários para o efeito como matéria prima e registos de antigas receitas) de ir mantendo o conhecimento de receitas que no tempo do esplendor das grandes cidades, tivessem sido populares.
Contudo, a conquista da Península pelos Mouros possibilitou o desenvolvimento da agricultura e do comércio, pois assim foi introduzido o cultivo e a refinação do açúcar da costa do
Mediterrâneo, a laranjeira, o limoeiro e a amendoeira a sul do Tejo.
Depois foi o desenvolvimento da produção da cana do açúcar a partir da ilha da Madeira (século
XV) e a seu tempo, também o Brasil (século XVI) possibilitou