Manual de coleta de parasitos em peixes
Por:
Gabriela Tomas Jerônimo – MSC gabriela@cca.ufsc.br Engenheira de Aquicultura;
Doutoranda em Aquicultura, UFSC
Maurício Laterça Martins mlaterca@cca.ufsc.br Biólogo - Docente UFSC
Arlene Sobrinho Ventura arlenesventura@yahoo.com.br Médica Veterinária
Márcia Mayumi Ishikawa marcia@cpao.embrapa.br Médica Veterinária; Pesquisadora
Embrapa Agropecuária Oeste
Marcos Tavares Dias marcostavares@cpafap.embrapa.br Biólogo; Pesquisador Embrapa
Macapá
Entre as metodologias para se identificar as doenças em peixes cultivados está a análise parasitológica. No entanto, é importante seguir etapas de forma correta para obtenção dos parasitos e para que posteriormente seja possível a sua identificação. Assim, é necessário retirar e analisar os órgãos do peixe onde podemos encontrar os parasitos, seguindo uma sequência de procedimentos que facilite a execução e garanta a preservação dos parasitos
(EIRAS et al. 2006). Sempre que possível, os peixes deverão ser examinados imediatamente após sua coleta e morte, para observação de parasitos externos
(ectoparasitos) e internos (endoparasitos). O objetivo deste artigo é orientar técnicos, estudantes e profissionais da área sobre as metodologias adequadas para coleta de parasitos de peixes, principalmente na piscicultura. O texto foi publicado anteriormente pela Embrapa de Macapá, AP (Circular 39), em maio de 2011.
Insensibilização dos Peixes
Para conter e sacrificar os peixes podem ser utilizados alguns anestésicos sintéticos como a tricaína metano sulfonato (MS-222) e a benzocaína, os quais são muito utilizados. Estes anestésicos podem causar efeitos indesejados em algumas espécies de peixes, tais como a perda de muco, irritação das brânquias e danos na córnea (INOUE et al., 2003), além da perda de ectoparasitos. Outra alternativa é a utilização do óleo de cravo que apresenta algumas vantagens como a praticidade, baixo custo, eficiência em baixas