Manual de Boas Praticas de Fabricação
INTRODUÇÃO
A média de idade da população mundial está aumentando e na população idosa aumenta a prevalência de muitas desordens do sistema nervoso central (SNC), tais como a doença de Alzheimer, acidente vascular cerebral e doença de Parkinson, assim como a depressão, ansiedade, e insónia. Esses distúrbios afetam desproporcionalmente os idosos, e contribuem para a deficiência, uma baixa qualidade de vida e aumento dos custos de saúde.
Os idosos são os usuários predominantes de produtos farmacêuticos na população e a prescrição inadequada de medicamentos é uma preocupação, uma vez que aumenta o risco de problemas relacionados com a droga. Além disso, os idosos muitas vezes requerem múltiplos fármacos, e está bem documentado que a polifarmácia tem um potencial maior para levar a interações medicamentosas e eventos adversos. Também, por causa de mudanças relacionadas à idade nos parâmetros farmacodinâmicos e farmacocinéticos, os pacientes idosos são mais suscetíveis a terem efeitos nocivos de agentes do sistema nervoso central do que os pacientes mais jovens.
Neste sentido, as mudanças fisiológicas, tais como a diminuição da função renal e do metabolismo hepático e a deficiência mental tornam os idosos mais vulneráveis a problemas relacionados com tais fármacos. Muitos outros fatores podem também contribuir para alterações na resposta ao fármaco, tais como a complexidade do cérebro, a suscetibilidade de drogas do SNC para causar efeitos colaterais, e a exigência de drogas do SNC de atravessar a barreira hemato-encefálica.
As interações medicamentosas, como medicamento-medicamento, medicamento-alimento, medicamento e tabaco são considerados outro importante fator de risco para problemas de saúde em idosos. Estudos recentemente publicados têm demonstrado que o uso de drogas, polifarmácia e possíveis interações medicamentosas (DDIs) aumentaram durante os últimos