Manifesto Comunista
A implantação da ordem burguesa na sociedade se deu a partir dessas modificações na forma de produção de mercadorias concomitante com o a alteração nos métodos de troca das mesmas. Isto resultou numa nova configuração de classes na sociedade, a qual ficou dividida entre burgueses e proletariados.
A relação trabalhista entre essas classes ocorria da seguinte forma: enquanto os burgueses são os detentores do capital, os proletariados oferecem mão de obra a fim de, juntos, produzirem as mercadorias para venda.
Todavia, tal relacionamento não se deu de forma harmoniosa, pois os burgueses exploravam os proletariados de modo que, segundo o autor, restringiam até a liberdade destes, visto que o modelo burguês não oferece outra possibilidade de subsistência para o proletariado. Devido aos novos métodos de produção e ao crescimento do capitalismo, torna-se extremamente difícil a concorrência de um pequeno artesão frente a uma empresa capitalista.
Também houve a desvalorização do trabalho do proletariado devido o surgimento de máquinas sofisticadas, o que minimizou a necessidade de trabalho deste, diminuindo consequentemente os salários pagos aos mesmos.
Ademais, cabe ressaltar que o caráter revolucionário da burguesia trouxe diversos avanços para a sociedade, mas também desfez uma série de valores, crenças e relações em favor do “laço frio do interesse”, abalando os sistemas sociais solidificados até então.
Sob essa ótica, os proletariados se tornaram escravos da burguesia, dependendo dela para sobreviver, sob condições precárias e com ausência de liberdade.