Manifesto comunista
COMUNICATIVO
Dá para ver logo que ele toma como referência os versos iniciais de Canção do Exílio.(você “sacou” logo isso porque conhece o poema de referência – é o que acabou de ler). Vale a pena fazer nova leitura.
Fez a leitura? Observou a “presença” do poema na tirinha? O que você vê, na criação de Maurício de Sousa, é um texto dentro de outro texto. Mais de uma “voz” dentro de um só texto: a de Gonçalves Dias e a de Maurício de
Sousa. Isso é polifonia discursiva.
Você verá como a intertextualidade com Canção do Exílio continua ...
Veja aqui, neste trecho de uma crônica de Cony (2002), publicada no jornal. [...]
Estou me preparando para fazer uma palestra sobre romantismo e tive um sonho complicado. Havia uma criança correndo lá [...] e para piorar, cá, em cima de uma outra palmeira cantava um bem-te-vi (não temos sabiás aqui na Lagoa).
[...]
Legal, não acha, poder reconhecer a “presença” de Gonçalves Dias no texto acima, que é de um outro escritor? Mas veja bem, você só percebe a “VOZ” de Gonçalves Dias no texto de Cony porque você já conhece o poema Canção do Exílio, e sabe que o cá , o lá , o sabiá, a palmeira não aparecem na crônica por acaso. Há intencionalidade em Cony de provocar a intertextualidade, de deixar os textos dialogarem. Muito bom, não é?
Conheça outros textos que dialogam com o poema de Gonçalves