Manifesto comunista
Assim como as mulheres, os homens devem se conscientizar de que a prevenção é o segredo para uma vida longa. A falta de cuidados com a saúde por parte deles é considerado um problema social, já que a cada três mortes de pessoas adultas, duas, são do sexo masculino. "Eles deixam a saúde de lado e procuram o médico somente quando o problema já existe", afirma o diretor da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU- SP), Archimedes Nardozza.
Com o objetivo de incentivá-los a ter uma rotina de cuidados, o Ministério da Saúde lança a Política Nacional de Saúde do homem, com campanhas de incentivo e conscientização. "Queremos fazer com que o urologista vire um médico de referência para os homens, assim como o ginecologista é para as mulheres", diz Nardozza.Dados de 2007 mostram que apenas 2,6 milhões de homens brasileiros procuraram o urologista, contra 17 milhões de mulheres que foram ao ginecologista.
A diretora da SBU-SP, Beatriz Cabral, diz que a diferença entre homens e mulheres dar mais ou menos atenção à saúde tem raízes culturais. Eles, em geral, são resistentes em aceitar suas fragilidades, e por isso não atuam de maneira preventiva ou, pior ainda, negligenciem o aparecimento de doenças. "É grande o número de homens que, por timidez, aos 50 anos nunca foram ao médico", ressalta.
Ela ainda diz que esse novo papel do urologista será de ajudá-los a identificar outros tipos de problemas, como hipertensão arterial ou colesterol alto e encaminhá-los a especialistas. "Nossa intenção não é realizar funções de outras especialidades médicas, queremos oferecer ao homem uma porta de entrada para o universo da medicina e estimulá-lo a ser igual à mulher na atenção à saúde", garante a urologista.
Beatriz Cabral diz ainda que se o homem preferir ser atendido por médicas mulheres, basta procurar a lista credenciada a SBU. "Não são muitas, porém existem ótimas urologistas", diz.
O homem brasileiro vive, em média, sete anos a menos que as