Maneiras de realizar a dimensão para o mundo: as profissões
Por necessidade biológica o homem é “homo faber” e destinado à cultura. Trabalho é “investimento de espirito na matéria”, no sentido de transformação desta matéria em paisagem humana e fraterna. Por sua atividade criadora e transformadora ele vence tais empecilhos e se torna senhor. O homem assume em suas próprias mãos seu próprio destino, não quer depender de ninguém e de nenhuma instancia superior na explicação e dominação do mundo. Por isso tenta racionalizar tudo e submeter o cosmo a um projeto fixado por ele. Poder é a criação de instrumentos técnicos de controle e domínio da realidade. A bíblia não vê mal nisso, pelo ao contrário, considera-o como vocação terrestre do homem, contudo o homem não deve ser somente senhor, deve ser também simultaneamente filho e irmão, como um senhor responsável, como um filho que sabe administrar bem a herança recebida do pai.
Elementos de uma teologia do trabalho, o trabalho é aquilo que é, exatamente trabalho, cansativo e contudo suportável, monótono e, ao mesmo tempo, causador de humilde alegria, desgastador da vida e, no entanto, também mantenedor da vida, vocação do homem no ato de transformar o meio ambiente e simultaneamente fator de alienação, de castigo e de dor. Desde sua criação o homem se destina ao trabalho e por isso é profundamente realizador e humanizador, mas devido à alienação fundamental do homem transmutou-se efetivamente em pena e como fator de alienação entre os homens e do homem com a natureza.
Existem as profissões pelas quais o homem satisfaz suas necessidades básicas, a necessidade geral de atividade e consegue seguridade e garantia de subsistência para si e para sua família. Múltiplas possibilidades surgem para que ele possa optar, embora estejam sempre presentes condicionamentos de ordem educacional, de aptidões, de papel social e outros. Todo o trabalho, mesmo o mais manual, é teórico porque exige capacidade de compreensão, de adaptação