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Sua primeira luta política - e sentimental - começou com a fuga de um casamento arranjado. O regente de seu clã em Transkei, no sudeste da África do Sul, arrumou-lhe uma esposa para casá-lo aos 22 anos. “Sem dúvida minha futura mulher tem tanta vontade de se livrar de mim, quanto eu dela”, lembra Mandela na autobiografia, "Longa Caminhada até a Liberdade".
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O primeiro amor
Junto com o amigo, Justice, Mandela foge para Johannesburgo sonhando com a emancipação. Na capital da África do Sul, como estagiário de advocacia de Walter Sisulu, Mandela descobre sua vocação política e o primeiro amor. Na casa do chefe e mentor, o jovem Mandela conhece a enfermeira Evelyn Mase. “Uma menina bonita e tranquila que veio do campo”, recorda Mandela.
Eles se casaram em 1944 e tiveram dois filhos, Thembi e Makgatho, e duas filhas, Makaziwe e Pumla. Ao biógrafo Anthony Sampson, Evelyn lembra que o casal vivia com pouco dinheiro nos primeiros anos e não pagavam aluguel para sua irmã, mas mesmo assim eram felizes. “Todo mundo que nos via dizia que nós fazíamos um casal muito bonito”, recordou Evelyn.
Mas o casal não conseguiu conciliar as maneiras de ver religião e política. Absorvido pela militância, Mandela começava a ser tornar um líder do Congresso Nacional Africano (ANC em inglês), movimento contra a opressão dos negros sul-africanos. Convertida em testemunha de Jeová depois de perder a primeira filha, Evelyn se voltou cada vez mais à igreja.
“Quando eu lhe dizia que estava servindo à nação, ela respondia que servir a Deus estava acima disso. Um homem e uma mulher com visões tão