mandela
análise de discurso retórico
“Chegou o momento de construir”
Discuro de posse de Nelson Mandela, Pretória, 10 de Maio de 1994.
2013 a retórica
O verdadeiro fundador da retórica foi (...) Górgias Leontinos, que surgiu em Atenas, no ano de 427 a. C., como embaixador da sua cidade natal, e que desde logo causou a maior sensação, devido aos brilhantes e floreados discursos com que se dirigia aos atenienses a solicitar a sua ajuda. Muitos deles, fascinados pela sua oratória, tornaram-se seus discípulos, fazendo de Górgias o primeiro professor de Retórica de que há conhecimento. Para Górgias, a oratória deveria excitar o auditório até o deixar completamente persuadido. Não lhe interessava uma eventual verdade objetiva. E para muitos a retórica é pouco mais do que mera manipulação lingüística ou enfeite de um estilo; uma forma de discurso mais ou menos vazia de conteúdo fundada no artifício psicológico com fins de propaganda e não na argumentação de princípios e valores que se nutrem de um raciocínio critico e eficaz. É verdade que durante séculos a retórica foi perdendo a eficácia da sua dimensão filosófica e a dialética original a ponto de ser reduzida ao campo da mera ornamentação estilística. Mas a recente restauração da retórica ao seu velho estatuto de teoria e prática da argumentação persuasiva, e a sua reabilitação como antiga e nova rainha das ciências humanas tem vindo a corrigir essa noção enganosa e negativa, revalorizando a retórica como ciência e arte que tão logicamente opera na heurística e hermenêutica dos dados que faz intervir no discurso, como psicológica e eficazmente se cumpre no resultante efeito de mobilização para a ação.
A retórica ajuda a celebrar o casamento do comunicador com o seu público.
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