Maloclusão
Na ultima reunião da AILDC (Academia Ibero Latino-americana de Disfunção Crânio
Mandibular e Dor Orofacial), em Agosto 2011, muitos temas foram abordados, muitos avanços científicos foram apresentados, (principalmente no estudo da dor) e, como de costume na ciência, muitas perguntas ficaram sem resposta.
Porém, um assunto, em especifico, continuou gerando muitas dúvidas.
De fato, a associação Maloclusão / DTM foi novamente debatida e as velhas e incômodas dúvidas voltaram a assombrar a mente de muitos profissionais que ali estavam.
Existe uma relação direta de causa e efeito entre maloclusão e DTM?
A maloclusão pode ser considerada o fator primordial no desencadeamento e manutenção das DTMs?
A rearmonização oclusal, através de tratamentos irreversíveis, tais como ortodontia, reabilitações protéticas e ajustes oclusais podem ser preconizados e justificados para eliminar os sinais e sintomas destes pacientes?
Durante este artigo, tentaremos sintetizar o que de mais relevante foi exposto neste congresso no que diz respeito a este tema.
Vários pesquisadores brasileiros e internacionais, de relevância ímpar no estudo da DTM e da
Dor Orofacial, ali estavam para expor os seus achados científicos mais recentes e as suas pesquisas em andamento.
Apesar das diversas linhas de pesquisa e dos diferentes pontos de vista , o tema - maloclusão /
DTM -não parece deixar muitas dúvidas no mundo acadêmico e na cabeça dos pesquisadores.
De fato, os diversos estudos publicados desde os anos 90 nos ajudaram a entender melhor
(mas não totalmente!) a fisiopatologia das DTMs e a aceitar que a maloclusão é, apenas, um fator de risco, entre outros, no aparecimento e manutenção destes distúrbios.
Assim sendo, as observações clínicas abaixo, que tanto incomodavam os “oclusionistas” podem, doravante, ser justificadas com mais embasamento e menos “crenças”.
Por que de 100 pacientes, 80 são mulheres? Sendo que a mulher, normalmente, cuida