Malinowski
Malinowski, em Os Argonautas, descreve, após longa vivência e experiência a vida e comportamento dos índios da tribo Trobriand; focando sua vivência e descrição no KULA, ritual inerente ás tribos estudadas.
Inicialmente é descrito pelo autor as formas como se comportar dentro de uma tribo; como o etnógrafo deve se portar afim de poder participar das atividades, ser inserido no meio da tribo e, também, manter contato com a sociedade externa aquela vivência.
Ele relata a dificuldade que teve para iniciar seu trabalho, penetrar na tribo e um dos motivos era a fala. A decisão de, também, não depender muito do homem branco, que acompanhava longe da tribo, mostra sua verdadeira vontade de se integrar aquele grupo; uma vez que se mantivesse o contato, sua imagem estaria sempre atrelada ao do homem branco, gerando desconfiança e receio no grupo de estudo.
O trabalho de campo auxilia e é fundamental para essa compreensão do modo de vida dos nativos ao passo que se está em contato com eles, e observa-se como o outro vive na sua realidade concreta e se dialoga com ele, o que caracteriza uma observação participante, algo imprescindível para a apreensão ampla dos fatos observados. Mais uma vez mencionando a dificuldade de penetrar em tal realidade, Malinowski tinha a noção que essa questão só seria resolvida com o tempo, a vivência com os nativos uma vez que a presença de terceiros pode vir a influenciar no comportamento dos próprios.
Outro ponto importante da obra é que durante o trabalho de campo, por algum momento o cientista deve se desvencilhar de suas anotações, sua máquina fotográfica, entre os demais utensílios que possam lhe ser úteis em seu trabalho a fim de incorporar, se misturar à comunidade. Até mesmo a questão das vestimentas, podem vir a destacar o cientista do grupo ou neutralizá-lo.
Malinowski faz uso de todos os seus recursos metodológicos para analisar não só, mas especificamente o Kula. Numa breve descrição,o