Malinowski
Apartir do primeiro terço do século XX ocorre uma revolução no campo da Etnografia, que caracteriza por uma ruptura no modo como eram realizados estudos das populações, que consistia na divisão de tarefas realizadas por observadores, geralmente viajantes, missionários e administradores (que captavam as informações) e o pesquisador erudito que do interior do seu gabinete de trabalho analisava e interpretava as informações. Se estabelece, a partir de então, a Etnografia propriamente dita, na qual o próprio pesquisador, deve efetuar no campo a sua pesquisa e compartilhar intimamente das vidas das pessoas que o ensinam o seu modo de viver, sua língua e emoções.
Dentro deste novo contexto de estudo, dois pesquisadores se destacam em suas de grande contribuição para a etnografia contemporânea, Franz Boas e Bronislaw Malinowski.
Malinowski foi o precursor da corrente funcionalista na Antropologia teve e trouxe um certo determinismo, ao considerar o processo de colonização como dado, como algo inevitável. A necessidade do estudo das sociedades “primitivas” era justificada pelo avanço do imperialismo europeu sobre estes povos e as comparações feitas entre essas sociedades e a sociedade da qual fazia parte o pesquisador não preocupavam-se em situá-las mecanicamente numa escala evolutiva. Os povos estudados eram focalizados em situação, ou seja, seu processo de auto-construção era avaliado a partir da contextualização dos fenômenos culturais.
Malinowski, dedicou-se ao estudo das sociedades "primitivas" imbuído do objetivo de "apreender o ponto de vista do nativo, sua relação com a vida, compreender a sua visão de mundo." Malinowski procedeu a explicação do todo social a partir da construção de unidades significativas de análise, que seriam compostas por elementos representativos do todo e, assim, ulteriormente, encadeadas na análise. Utilizou as instituições como objeto de análise. Para ele, as necessidades