O funcionalismo de malinowski
O FUNCIONALISMO DE MALINOWSKI
Manoel Nascimento Silva de Maria1
Considerações Gerais Discípulo de Wundt (que já fora mestre de Durkheim e Boas), Malinowski deu início aos estudos que levariam à construção da teoria funcionalista no ano de 1914, adotando como ponto de partida o conceito de cultura apoiado no conceito de natureza humana, sendo este caracterizado por necessidades biológicas a serem satisfeitas. Para Malinowski a natureza humana era vista como um mundo básico e primário e a cultura como sendo um mundo secundário e derivado (artificial) – uma extensão do mundo natural. A partir da visão da cultura como objeto da antropologia, Malinowski defendeu estudar as instituições como unidades naturais – atitude interpretada como procedimento metodológico adotado. No entanto, apesar do reconhecimento à aplicação das pesquisas de campo, desprezar o caráter de totalidade em sua análise rendeu-lhe críticas por demonstrar ser exclusivista e isolacionista. Um dos pontos marcantes do funcionalismo de Malinowski dar uma nova orientação ao estudo da antropologia. Percebe-se que até então, tanto o evolucionismo como os difusionismos preocupavam-se com as origens, com os problemas das transformações socioculturais. Seguindo a nova orientação, tanto Malinowski quanto Radclife Brow reorientaram suas pesquisas buscando estudar e explicar o funcionalismo da cultura num momento dado. Para ambos, ao funcionalismo não interessava explicar o presente pelo passado, mas o passado pelo presente. Para Malinowski em especial, a indiferença demonstrada por certos tipos de evolucionismo era pura questão de métodos. Outro ponto marcante do funcionalismo é a visão sistemática utilizada na análise da cultura, procurando explicar a maneira de ser de cada cultura, buscando as razões não mais nas origens.
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Acadêmico do 3º Período do curso de Comunicação Social – Habilitação em