Maias V Capítulo
Síntese do capítulo
Neste capítulo, podemos testemunhar que desperta em Carlos a sua vocação para a Medicina, optando por seguir este mesmo curso para o seu futuro. Esta vocação surge quando este era ainda criança (“descobriu no sótão, entre rumas de velhos alfarrábios um rolo manchado e antiquado de estampas anatómicas” – página noventa e um, linha cinco a seis). Para que os seus estudos fossem mais calmos e sossegados, seu avô, Afonso da Maia oferece-lhe uma casa em Celas, Coimbra. É por sua vez nesta cidade que Carlos toma um estilo de vida boémio, no qual faz serões com os seus amigos. Deste grupo de amigos com ideias filosóficas e liberalistas destaca-se João da Ega, seu amigo inseparável, que estudava Direito e que, por sua vez, era sobrinho dum amigo de infância de Afonso. Assim que Carlos termina o curso parte numa viagem de um ano pela Europa, viagem esta que lhe vai proporcionar inúmeras ideias para o seu futuro. Ao fim deste tempo, este regressa para o Ramalhete, para junto do seu avô. Posteriormente, o protagonista pretende montar o seu próprio consultório e laboratório em Lisboa, e satisfaz tal desejo com a ajuda de Afonso, sendo que este tomou lugar no Rossio. Por tradição naquela época, os ricos da sociedade não trabalhavam, daí que Carlos não tivesse clientes no consultório, já que ninguém acreditava nas suas intenções de trabalhar.
O capítulo termina com a visita alegre de Ega, na qual este anuncia a publicação do livro que andara a escrever havia já alguns anos, “Memórias de um átomo”.
Compreensão e análise
1. Temática – Juventude e formação académica; integração na sociedade lisboeta
Através da leitura deste capítulo podemos concluir que a educação é abordada de forma a fazer contraste entre a tradicional portuguesa e a inglesa, no fundo, há um confronto entre a educação de Carlos e de Eusebiozinho.
Na educação de Carlos em oposição à de Eusebiozinho, um amigo de sua infância, havia um contacto com