MAGNÉSIO NO METABOLISMO DE PLANTAS CULTIVADAS
RESUMO
A disponibilidade de nutrientes no solo é uma das principais causas da limitação da produção agrícola em solos tropicais. Outro fator está relacionado ao desequilíbrio nutricional dos solos provocado pelas adubações em sistemas produtivos. Os nutrientes podem estar na forma não trocável, trocável e solução do solo, mas a absorção pelas plantas depende da concentração de cada nutriente ·e sua especificidade química, tipo de solo e espécie vegetal. Os nutrientes desempenham funções bioquímicas e fisiológicas específicas na célula vegetal. Particularmente, o magnésio faz parte do metabolismo e de estruturas celulares. O elemento é cofator enzimático, requerido em várias reações da glicólise, biossíntese de aminoácidos, síntese de DNA e proteínas e produção de ATP. Além disso, o elemento é parte estrutural de clorofila, atua na integridade de ribossomos e contribui na estabilidade das membranas. Algumas plantas têm a capacidade de estocar o elemento no vacúolo como forma de reserva nutricional e trocas iônicas. A planta absorve o magnésio na forma de ânion bivalente - Mg2+e sua demanda no metabolismo pelas plantas é considera alta, ficando em torno de 15 a 35 g kg' de matéria seca. A deficiência de Mg na planta causa sérios danos ao desenvolvimento vegetal, afetando a conversão de N orgânico em N proteico, a taxa de fotossíntese e a acumulação de amido em órgãos de reserva. Como o magnésio é um elemento móvel, os sintomas de deficiência (clorose e necrose) aparecem, primeiramente, nas folhas mais velhas, as quais se tornam sensíveis à alta intensidade luminosa. No atual sistema de cultivo é comum a prática de adição de nutrientes ao solo, principalmente, nitrogênio, fósforo e potássio. Contudo, a adição de Mg em solos altamente intemperizados deve ser avaliada em adubações devido a sua importância no metabolismo das plantas.
A adição de calcário calcítico e de doses excessivas de potássio