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Cena 1 – Em Campinas (SP), médicos da Unicamp realizam exame com uma microcâmera para visualizar o intestino de um paciente (colonoscopia). De qualquer parte do mundo, pela internet, especialistas da área, até estudantes de medicina, acompanham tudo em tempo real e podem interagir com os profissionais que executam o procedimento por meio de áudio, vídeo e envio de mensagens de textos; e, como novidade em telemedicina, podem ainda, distante dali, capturar imagens que serão integradas ao laudo final e posteriormente analisadas – até este momento, somente a equipe responsável diretamente pelo exame podia extrair esse tipo de informação. Agora, é como se todos estivessem na mesma sala.
Cena 2 – O médico responsável pela colonoscopia escreve o laudo do exame que acaba de realizar e submete o texto a um novo programa que analisa automaticamente os termos técnicos presentes, a partir de uma base de dados previamente construída, e emite uma predição/recomendação que ajudará o profissional a construir o diagnóstico. Além disso, o próprio sistema ainda faz correlações com outros casos de pacientes incluídos em seu banco de dados, ajudando a identificar e a formular padrões que poderão ser úteis, no futuro, para o tratamento e a prevenção de doenças. Os dados obtidos e analisados pelo programa auxiliam o médico, pois se constituem em ferramenta de gestão do conhecimento.
Cena 3 – As imagens captadas no exame de colonoscopia, e transmitidas pela internet, “viajam” pela rede mundial de computadores protegidas por um gerenciamento de chaves de criptografia especialmente desenvolvido para assegurar a integridade dos dados. Uma pessoa não autorizada que pretendesse invadir o sistema, para ter acesso às imagens ou alterar o banco de laudos, levaria 10388 anos (sim, acrescente 388 números “zeros” depois do dez) para quebrar o código de segurança.
As três cenas ilustram as aplicações práticas de patentes e registros de softwares para a área de saúde,