Oligodrâmnia
RESUMO
Nas gestações, a detecção de oligodrâmnia está associada a várias complicações. Sendo que a diminuição do liquido amniótico pode colocar em risco a integridade do feto, visto a importância da quantidade adequada do liquido amniótico para desenvolvimento do mesmo. Não importa a causa da oligodrâmnia, as complicações fetais que podem ocorrer incluem a morte do feto, hiploplasia pulmonar e diversas anormalidades esqueléticas faciais. As condições inerentes a oligodrâmnia pode ser cruciais para determinar condições fatais ao concepto, em vista isso se faz necessário análise das principais intercorrências deste quadro clínico para determinar diagnósticos mais precisos, intervenções imediatas, eficazes e consequentemente um melhor prognóstico para o concepto.
Palavras chave: liquido amniótico, oligodrâmnio, repercuções perinatais, viabilidade fetal.
INTRODUÇÃO
O volume de líquido amniótico é o resultado entre a produção e a reabsorção do fluido. No primeiro semestre da prenhez a grande maioria do liquido amniótico é resultante do transporte ativo de sódio e de cloro através da membrana amniótica e da pele fetal, com o consequente movimento passivo da água. Já no segundo semestre da prenhez o liquido amniótico é decorrente da atividade renal e pulmonar do feto. A quantidade de liquido amniótico adequada é indispensável para o desenvolvimento dos pulmões fetais, permite o movimento livre do concepto e atua como barreira para infecções. O volume do liquido amniótico varia com o avançar da idade gestacional, sendo que com 10 semanas já alcança 30 ml aumentando para 780 ml entre 32 e 35 semanas, depois decrescendo até o termo. Trata-se de um volume que não é estático e que se renova totalmente no mínimo uma vez ao dia. REZENDE ET AL. A diminuição do liquido amniótico ao final da prenhez trata-se de um evento fisiologicamente normal, devido o aumento da reabsorção do fluido, contudo a diminuição significante sempre