Macunaíma
O filma Macunaíma de José Pedro de Andrade, adaptação do livro de Mário de Andrade para o cinema em 1969, teve a mesma preocupação das outras artes: alcançar o público através de sua própria cultura. Representa um país em busca de sua própria identidade e resume o Brasil nos seus costumes, em seu folclore, em sua natureza e contradições. Mostra o homem simples que busca a cidade grande para sua sobrevivência, sem abandonar suas raízes.
Macunaíma tinha os olhos voltados para o futuro, tentaram desbravar novos caminhos. Ao mesmo tempo, a renovação representou uma volta às raízes, ao que há de mais antigo na realidade nacional: os modelos culturais ameríndios e africanos. È a volta a essas raízes – acreditam os antropofagistas – aliada à livre utilização das novas formas disponíveis, que levará à libertação artística brasileira e contribuirá para o estabelecimento de
O Tropicalismo e o filme Macunaíma têm um diálogo parecido, caracteriza o rompimento com o passado e realiza a proposta antropofágica de Oswald de Andrade. uma identidade nacional. (GEORGE, David. 1985.p.74)
A intenção antropofágica é semelhante à montagem do Rei da Vela pelo Teatro Oficina. O leitor lembrar-se-á das palavras de José Celso Martines Corrêa: “Devora tudo, utiliza tudo”. Juntamente com o folclore e a música, um aspecto igualmente significativo da Antropofagia de Macunaíma é seu típico abrasileiramento do método “de equipe”, ou de representação coletiva. (GEORGE, David. 1985. p.74).
O filme mostra o homem simples que busca a cidade grande para a sua sobrevivência, sem esquece das suas raízes. Matéria para reflexão sobre o que o brasileiro é, o que foi e o que