Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade, é uma produção cinematográfica baseada na obra literária de Mário de Andrade, de mesmo título. O filme é, em partes, fiel à obra literária, marcado pelas críticas valorizar ainda mais o nacional. O filme inicia-se com o nascimento inusitado do protagonista, Macunaíma, o qual nasce grande e a primeira expressão a falar depois de 6 anos é “Ai, que preguiça!”, demonstrando o interesse que autor tem de criticar essa característica brasileira, que é a preguiça, a inércia quando o assunto é trabalho. Por trás de cada personagem do filme, está uma face do brasileiro e do país, seus jeitos e trejeitos representam o brasileiro e seus costumes. Junto com a preguiça citada acima, o diretor foca também o mau-caratismo, o preconceito, o subdesenvolvimento e o tropicalismo que assolam o Brasil. O filme mostra também a antropofagia, quando o protagonista Macunaíma come um pedaço da perna do curupira, representando o folclore brasileiro e mais uma vez, a valorização do que é nacional, dos costumes brasileiros. Isso também é demonstrado no fim do filme, quando a sereia o seduz e se alimenta dele. Ao chegar na cidade, Macunaíma depara-se com muita gente e com muitas máquinas, com as quais fica impressionado. Há uma forte crítica na obra fílmica assim como na literária, ao desejo exarcebado por sexo por parte dos brasileiros, uma vez que o protagonista muitas vezes durante a história procura uma parceira para “brincar”. Quando está morando com Si (com a qual teve um filho), ele fica em casa (mais uma vez rementendo-nos à ideia da preguiça brasileira) e ela traz para Macunaíma aquilo que ele mais gosta, dinheiro. É com Si que Macunaíma encontra a Muiraquitã, a pedra da sorte, a qual depois que sua mulher morre, ele “perde” para o gigante Venceslau Pietro Pietra. Para tentar recuperá-la o herói leva algum tempo, pois não dispõe de coragem para enfrentar o gigante, chega a fazer macumba para bater em Pietro Pietra por não ter