Macunaíma
“No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite.”
Macunaíma, Mario de Andrade
Macunaíma, palavra indígena que significa “o grande mal”.
Após muitas pesquisas sobre as lendas de nossa terra, Mario de Andrade criou o herói sem caráter, “herói” que representa nosso povo, nossos índios, nossos costumes. Macunaíma de Mário de Andrade se caracteriza por sua preguiça, safadeza, ambição, desonestidade e maldade.
O verdadeiro Macunaíma, filho do amor entre o sol e a lua se revolta com a descrição de Mário de Andrade, faz articulações demonstrando não concordar com o que está sendo dito. Macunaíma caminha alguns instantes para o outro lado, conduzindo o expectador. Ele senta de costas em um tronco de árvore derrubado e uma tela a sua frente mostra sua verdadeira história.
A animação mostra que o sol se apaixona pela lua, mas eles nunca haviam se encontrado. Milhões e milhões de anos se passaram e um dia, em um vale de cristais localizado acima de uma enorme montanha que dividia ao meio os campos de Roraima, o sol se atrasa e um eclipse acontece, finalmente os dois se encontram.
Os raios emitidos pelo sol e pela lua brilhavam e refletiam no lago. Desse amor nasce Macunaíma (o mesmo que está sentado no tronco). Ele cresce e se torna um guerreiro esperto e cheio de magias, se misturando aos índios Macuxi, que o elegem a herói de sua tribo.
Próximo a tribo dos macuxi havia uma árvore, a árvore de todos os frutos. Dela nasciam banana, abacaxi, tucumã e todas as frutas tropicais. Apenas Macunaíma podia colhê-las, e ele repartia igualmente entre todos os membros da tribo. A inveja e a ambição tomou conta de alguns índios, levando-os a saquear a árvore sagrada, quebrando todos os galhos e colhendo todos os frutos a fim de plantá-los em outros lugares para que outras árvores iguais nascessem. A traquinagem acabou com a magia da árvore de todos os frutos e despertou a ira de Macunaíma. O