LÚDICO
Entendemos por inteligência: a investigação da novidade com adaptação contínua de situações novas. Quando um bebê tenta passar um objeto por entre obstáculos intercalados
(cercados) ele o faz de diversas maneiras, não se dando conta de que o tamanho do objeto influi diretamente no espaço disponível para a passagem do mesmo.
Percebemos também que, quando uma criança vê vários deslocamentos de um objeto sendo escondido por um adulto (em uma brincadeira de esconde-esconde) ela sempre irá procurá- lo onde o viu pela última vez.
Isso significa que as noções de antes e depois estão, apenas iniciando, e futuramente serão aplicadas a acontecimentos externos. Daí vem a importância de observá-las em atividades lúdicas, para a compreensão de tal procedimento infantil.
Quando a criança brinca ou pratica exercícios motores, ela combina diferentes ações motoras entre si, divertindo-se em repetir várias vezes os mesmos esquemas, porém modificando a cada repetição de um movimento.
Em certos movimentos de sua infância, a criança finge ações como: dormir, levar a mão à boca como se estivesse comendo. Esses esquemas simbólicos indicam um esboço de representação ou evocação de uma situação ausente já vivenciada. Esta fase marca o início da representação e, considera os exercícios motores simples e os símbolos lúdicos da brincadeira simbólica. PIAGET destaca a possibilidade da criança imitar certos sons significativos da língua que ouve. Isto é, possível devido a coordenação progressiva de esquemas vocais já conhecidos e por acomodação, também progressiva, desses mesmos esquemas.
No primeiro ano de vida, a criança começa a esboçar os esquemas fonéticos da língua:
PAPÁ para papai, comida, etc. Para PIAGET, o uso que a criança faz destes vocábulos lembra um conjunto de símbolos, definidos subjetivamente, pois pode mudar sua significação em um