Língua Portuguesa nas Escolas
O ensino da língua portuguesa na escola é objeto de discussão há algum tempo por linguistas, educadores, além de despertar o interesse da sociedade em geral, seja de pais de alunos, que se descobrem aflitos com as dificuldades de seus filhos com as tarefas e as provas de português, seja nos meios de comunicação, que repercutem essa ansiedade, digamos, “pelo lado do avesso”, exaltando formas ditas da “norma culta”, ao abrir espaço para divulgadores de fórmulas mágicas, as famosas “dicas de português”, que visam à assimilação irreflexiva de regras, as quais vêm a público frequentemente investidas de preconceito linguístico, ajudando a reforçar o conceito de que aprender português é difícil.
Vivenciamos uma situação crítica nas salas de aula, onde os alunos cada vez mais cedo desenvolvem verdadeira aversão à escola e também às aulas de Língua Portuguesa, resultando nos altos índices de reprovação nessa disciplina. Para contornarmos esse problema temos buscar diagnosticar a razão dessa ojeriza por parte dos alunos em relação à nossa língua. Acreditamos que para que haja realmente uma mudança efetiva no atual quadro educacional que vivenciamos, os professores de Língua Portuguesa devem repensar a sua prática pedagógica visando a desenvolver na criança a noção de que a Gramática é um saber possível, que tem extrema relação com o seu dia-a-dia e não apenas um conjunto de conceitos e definições inúteis, totalmente desvinculado do exercício prático da língua. A criança precisa estar consciente que o domínio da língua, oral e escrita, é fundamental para a participação social efetiva, visto que é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. O professor deve buscar uma metodologia onde seja enfatizada a importância do erro não como tropeço, mas sim como uma forma de ajuda para uma aprendizagem real, difundindo a concepção de