Lágrima de Preta

Poema “Lágrima de preta” de António Gedeão Esquema rimático Encontrei uma preta a – Verso solto (*) que estava a chorar, b pedi-lhe uma lágrima c * (a,b) Interpolada para a analisar. b

Recolhi a lágrima c * com todo o cuidado d num tubo de ensaio e* (d,d) Interpolada bem esterilizado. d

Olhei-a de um lado, d * do outro e de frente: f tinha um ar de gota g * (f,f) Interpolada muito transparente. f

Mandei vir os ácidos, h * as bases e os sais, i as drogas usadas j * (i,i) Interpolada em casos que tais. i

Ensaiei a frio, l * experimentei ao lume, m de todas as vezes n * (m,m) Interpolada deu-me o que é costume: m

nem sinais de negro, o * nem vestígios de ódio. p
Água (quase tudo) q * (p,p) Interpolada e cloreto de sódio. p

Comentário ao poema Lágrima de Preta

Estrutura Formal
É um poema constituído por 6 estrofes de 4 versos cada, ou seja, 6 quadras. Geralmente, cada verso tem 5 sílabas métricas (Redondilha menor).
Assunto: O sujeito poético analisa uma lágrima de uma preta, testa de maneira científica e chega à conclusão que essa lágrima é igual a todas as outras.
A figura principal é uma mulher preta que o sujeito poético encontrou a chorar, “Encontrei uma preta/ que estava a chorar, (…)” (v.v. 1-2). Este ao observar esta cena, pede-lhe uma lágrima para a analisar de uma