lyons resenha
Resenha elaborada por: Elaine de Paula
No presente capítulo citado, Lyons afirma que não há ainda um modelo teórico aceitável que estude a linguagem de várias perspectivas diferentes e igualmente interessantes, como: social, cultural, psicológico e biológico, o que há são vários ramos da macrolinguística, bem como a psicolinguística, a sociolinguística, etnolinguística e etc. Todos esses ramos são interdisciplinares, no sentido de que envolvem técnicas e conceitos teóricos de duas ou mais disciplinas.
O autor define amplamente sociolinguística como um estudo da linguagem em relação para a sociedade, tal definição é rejeitada por muitos estudiosos por ser amplo demais, assim, no sentido de amplitude de definições, Lyons emprega também a definição para etnolinguística como “um estudo da linguagem em relação à cultura” (p.200) e consequentemente, psicolinguística como “um estudo da linguagem e da mente” (p.200). Entrando na questão de sotaque, dialeto e idioleto o que o autor postula a respeito é que são termos empregos para variações linguísticas. Ligeiramente, a diferença entre ‘sotaque’ e ‘dialeto’ é que o sotaque está restrito a variedades de pronuncias, compreendendo todo tipo de variação fonética, e o dialeto inclui também diferenças de gramática e vocabulário. De um modo geral, todos nós falamos um ou outro dialeto e todos falamos com outro sotaque.
Conforme Lyons, o termo ‘sotaque’ é interessante para a sociolinguística à medida que os membros de uma comunidade linguística reagem a diferentes tipos de pronuncia: “subfonêmicas e fonêmicas, como indicadores da proveniência regional ou social do falante” (p.203). Assim, o autor questiona que tais diferenças de sotaques podem ser estigmatizadas pela sociedade, da mesma forma que determinadas diferenças lexicais e gramaticais