Lygia clark e a arte interativa
De volta para o Brasil, integrou o Grupo Frente. Participa da I Exposição de Arte Neoconcreta, com a ideia de libertar a pintura do suporte tradicional, a tela; projetando parte da pintura sobre a moldura, como se obra quisesse conquistar mais espaços. Na sua criatividade buscou incessantemente reinventar os suportes das pinturas. Realizou obras participacionais como a série Bichos, de 1960, construções metálicas geométricas que se articulam por meio de dobradiças e requerem a participação do público. Os Bichos são esculturas, feitas em alumínio, possuidoras de dobradiças, que promovem a articulação das diferentes partes que compõem o seu “corpo”. O espectador, agora transformando em participador, é convidado a descobrir as inúmeras formas que esta estrutura aberta oferece, manipulando as suas peças de metal. Com esta série, Clark torna-se uma das pioneiras na arte participativa mundial
Feitos em metal, o material permite que o plano seja dobrado, assumindo uma busca da tridimensionalidade pelo plano, deixando-o mais próximo do próprio espaço do mundo.
Suas aulas eram verdadeiras experiências coletivas apoiadas na manipulação dos sentidos, transformando estes jovens em objetos de suas próprias sensações. É dessa época a proposição “Rede de Elástico, 1974”. Tratam de integrar arte e vida, incorporando a criatividade do outro e dando ao propositor o suporte para que se