Luta entre patricios e plebeus
AS CAUSAS DA LUTA.
Com a República, os patrícios assenhoreiam-se do poder. Acelera-se o processo, já iniciado na época dos reis, que vai transformar o patriciado, o “povo romano”, num privilegiado e fechado grupo de aristocratas.
Ao mesmo tempo, entre os plebeus, dá-se um processo de diferenciação social que não estava “constrangido”, como no caso dos patrícios, pelo sistema de laços familiares e de propriedade comum da terra. O sistema da propriedade individual, em vigor entre os plebeus, permitiu uma concentração de riqueza nas mãos de algumas famílias, que depressa se convertem numa poderosa elite.
A luta prolongou-se por mais de dois séculos. Se bem que as consignas da luta tenham variado para os diversos períodos, podem apontar-se três reivindicações fundamentais: a de igualdade de direitos políticos, a questão das dívidas e o direito de acesso ao ager publicus.
Se bem que fértil, o Lácio é, porém, uma pequena região. Estas duas condições hão-de ter levado a uma grande densidade da sua população relativa. O problema da terra deve ter aparecido bem cedo, e rapidamente se há-de ter tornado agudo. Assim não há razões para duvidar, como o fazem alguns historiadores, das notícias das fontes literárias que referem o endividamento dos plebeus desde as mais recuadas épocas da república.
PATRÍCIOS X PLEBEUS
A população pobre da cidade (os plebeus) não possuía quaisquer direitos políticos, econômicos ou sociais. Durante as guerras de conquistas, somente os patrícios eram privilegiados. Os patrícios, interessados em conquistar Lácio, precisavam dos plebeus, propondo, assim, a criação de um pretório que protegesse a plebe: o Tribunato da Plebe. Após esse período, surgiu uma série de leis escritas entre as quais poderemos citar:Lei das Doze Tábuas - em 450 a.C., que constituiu um dos fundamentos do direito romano.
Lei Canuléia - em 445 a.C., que garantiu direitos civis iguais.
Lei Licínia - em 366 a.C., que aboliu a escravidão