Lusotropicalismo
Discursos fundadores, lusotropicalismo e o brasileiro "cordial"
[pic]Objetivo
Ao final desta aula, o aluno deverá: • Conhecer os discursos fundadores da nação brasileira • Conhecer os principais intérpretes do Brasil no século XX • Saber o significado de “lusotropicalismo” e “cordialidade” • Entender as especificidades de cada interpretação
[pic]Estrutura do Conteúdo 1. Discursos fundadores
No Brasil foram várias as tentativas de se pensar uma identidade cultural para a nação brasileira. Entre essas tentativas, destacamos alguns momentos.
a) Na fase colonial, a descoberta da terra e o movimento nativista (século XVI à Independência – 1ª metade do século XIX )
b) No Romantismo, a independência política e a formação de uma imagem positiva do Brasil e do brasileiro (1822-1880). Neste momento, a figura do índio como ícone da identidade nacional ganha destaque.
c) As ciências sociais e a imagem pessimista do brasileiro (virada do século XIX para XX). Neste momento, cabe destacar os discursos de Silvio Romero e Euclides da Cunha.
2. Silvio Romero (1851-1914) e a identidade brasileira
¬ Para Silvio Romero, o passado colonial foi um problema central. Os fundamentos essenciais da nacionalidade remontariam aos tempos coloniais, mas ali também estaria a origem do atraso brasileiro. Em última instância, a tradição colonial era um fardo, pois de lá provinham as “raças inferiores” e a pesada herança escravocrata.
3. Euclydes da Cunha (1866 – 1909) e o Brasil de Canudos
¬ Autor de Os Sertões, de 1902, obra em que apresenta a realidade social do interior do país, em grande parte desconhecida pela consciência intelectual brasileira, republicana, racista e positivista.
¬ Ao relatar a guerra de Canudos no sertão da Bahia em 1897,