Luis António Verney
Nasceu em lisboa, em 1713. Filho de pai francês e mãe portuguesa, teve uma educação à maneira francesa, que se repercutiu nos ramos culturais que seriam, mais tarde, os seus. Além dos professores particulares que a sua família lhe proporcionou, estudou no Colégio de Santo Antão e na
Congregação do Oratório. Daí foi mandado para Évora, onde se graduou em Artes no Colégio da Madre de Deus e de onde saiu, finalmente, formado em Teologia pela respectiva universidade. Em 1736, viaja para
Itália de forma a continuar os seus estudos superiores. Dirigiu-se a Roma, onde se doutorou em Teologia e Jurisprudência.
O nosso mais conhecido e activo estrangeirado colheu fora de Portugal os pensamentos de renovação que iluminavam a Europa, enquanto o seu país vivia as trevas obscurantistas da intolerância inquisitorial.
Regressando a Portugal, dedicou-se ao ensino e em 1741 é nomeado pelo papa arcediago de Évora. Só em 1749 é que recebeu ordens presbiterais.
Partiu definitivamente para Roma devido a problemas de saúde e, principalmente, devido a incompreensões por parte dos seus compatriotas. OBRAS
Aqui empreendeu uma vastíssima obra que publicou anonimamente sob o título O Verdadeiro Método de Estudar. Não conseguiu, porém, publicar todos os volumes que pretendia. A pedido de D. João V, Verney iniciou a sua colaboração com o processo de reforma pedagógica em Portugal, fornecendo o seu contributo inestimável para uma maior aproximação com os ventos de progresso cultural que animavam os espíritos europeus mais progressistas. Entre 1747 e 1750, Verney esteve sujeito a duas
contrariedades: a polémica levantada contra a sua obra, que o obrigava a ripostar em folhetos (Resposta às reflexões de Frei Arsénio da Piedade,
Carta do Filólogo de Espanha, Parecer do Doutor Apolónio Filomuso,
Última Resposta), e a perda de esperança em favores reais com que contava da parte de D. João V, que foram reavivadas com a ascensão de D.