ensaio do entendimento humano
OBJETO: Ensaio sobre o verdadeiro método de ensinar, com destaque para o panorama cultural português do século XVIII. As Cartas Quinta e Sexta, no volume em fichamento, esclarecem ocupar-se da Retórica (p. 43); e a Carta Sétima se ocupa da Poesia (p. 124).
OBJETIVOS: Criticar a educação e propor novos métodos para o ensino em Portugal (p. 21);/Mostrar a tendência de afastamento de ideias puramente religiosas no âmbito educacional, mas não obrigatoriamente abandonando de vez os preceitos da religião. “[...]Envergonham-se de poetar em português e tem por pecado mortal ou coisa pouco decorosa fazê-lo na dita língua.” (p. 126)
METODOLOGIA: Método epistolar. A proposta de Verney, escrita há mais de um século, foi exposta em 16 cartas, ao todo, voltadas à cultura portuguesa do Séc XVIII. Ele adotou um tom textual distinto, de acordo com sua proposta de clareza e, em lugar do ensinamento em tom de catequese, preferiu a crítica. O tema abordado à época foi bastante provocativo, vez que por meio das citadas cartas (Carta Um, Carta Dois, ...) o autor fez um alerta direto aos portugueses sobre a sua própria cultura, e de análises da cultura de sociedades mais antigas, a exemplo da cultura grega. “O mais impressionante foi o esforço de Verney, ao longo de toda a vida para ocultar a autoria [...] negou sempre que fosse ele o autor” (p. 18).
FONTES: As fontes em Verney aparecem nas notas de rodapé, comentadas por Maria Lucília G. Pires. Sabe-se que o pensador elaborou a obra após os estudos de diversas fontes do conhecimento científico, a exemplo de enciclopédias e gramáticas e ao fazer isso conseguiu elaborar uma grande proposta de ciência para o seu país (Portugal). Foi bastante influenciado por Locke, Pierre Bayle, René Descartes, Francis Bacon, Ribeiro Sanches, Isaac Newton, entre