Lucro
Fresco prossegue citando que a sociedade é baseada no lucro e no consumo e por isto tornara-se materialista, culminando em valores equivocados. Primeiramente, dissertarei sobre o lucro e sua função social. O lucro é essencial para uma economia e responsável por alocar os recursos de forma eficiente, logo pode ser compreendido como uma virtude. Lucros funcionam como sinais que indicam se uma empresa é eficaz em seus investimentos, quando a situação onde a receita é maior que os custos. Ao contrário do que sugere Fresco, Marx e tantos outros, a valorização e o lucro não surgem do gasto em matéria prima ou o tempo de trabalho. Não importa se o empresário gasta 2 quilos de matéria prima em 30 horas de trabalho para construir uma bicicleta. Ela pode não agradar os consumidores como outra que possua um menor gasto em matéria prima e tempo de trabalho empregue. Ocorre, pois as pessoas não medem tais fatores ao visar objetos. Bens são obtidos pela satisfação subjetiva que causam como bem sugere Carl Menger na teoria do valor subjetivo.
E uma vez que as relações de troca baseiam-se em desejos particulares, responsáveis pela precificação, as elevações e quedas de receitas são ordenadas por este princípio. Não há meios de forçar um consumidor a obter um bem que não deseja, por mais que possa estimulá-lo. Caso ocorra um estimulo a obtenção do bem, torna a analise da satisfação tangível. Neste caso, o indivíduo em seu senso racional, buscando o que mais lhe satisfaz, é capaz de perceber quando um bem não atende sua necessidade. Quando isto ocorre, ele pode fazer a escolha de outra marca em uma compra futura. Logo, não é a oferta que cria a demanda, mas o contrário. Como bem cita Mises: “Não é porque existem destilarias que as pessoas bebem uísque; é porque as pessoas bebem uísque que existem destilarias”. Neste sentido, não existe sociedade sem consumo. Desde tempos imemoriais o homem utiliza recursos, lapida ferramentas a fins de