loucura
O louco era expulso das cidades, os marinheiros atracavam em uma cidade e ali largavam os loucos, ou seja ou o louco estava no meio do mar, ou ficava preso nas antigos lugares dos leprosos.A loucura, até o final do século XVIII, teve existência relacionada com a razão. Elas estavam extremamente implicadas. Esta se integrava na razão podendo até ser uma forma de sua manifestação. A loucura levava à sabedoria, e a razão toma consciência da loucura.
A partir do século XVIII, a loucura está fora da interlocução com a razão. Por isso, o homem da contemporaneidade deixou de se comunicar com o louco. Assim, a ciência a transformou numa patologia. Para ela, quem percebia o verdadeiro, a essência das coisas, estava longe de ser um insensato. E o louco era desprovido destes atributos. A exclusão topográfica foi substituída pela exclusão lógica. Para exercer sua cidadania no seu território, só há duas alternativas ao louco: zanzar pelos rios e mares ou ser confinado sob grade.
No sec. XVIII são criados muitos lugares de internação, e muitas pessoas eram internadas. Nesses locais os insanos possuíam péssimas condições de higiene, passavam fome e frio.No fim do século XVIII há um total de 126 (cento e vinte e seis) casas de correção na Inglaterra. Anos depois espalham-se por toda a Europa. A própria população ajuda a isolar os insanos, segregando-os e atribuindo-os uma nova pátria. O internamento aparece como algo desumano, onde revela que os insanos não podiam responder