Trabalho referente ao filme “Bicho de Sete Cabeças”. Antes de falar em manicômio temos que entender primeiramente o significado de loucura. Várias são as definições e podemos dividi-las em momentos históricos. Na Antiguidade, a loucura não era vista com um sentido negativo, era tida como um capricho dos Deuses, causando na alma do homem conflitos e dilemas, uma experiência de aproximação ou castigo dos Deuses. Na Idade Média a loucura era definida como possessão demoníaca, não era encarada como um problema médico, mas sim como um problema espiritual, as práticas de cura eram as mesmas dos pecados, como: ritos de preces, exorcismos e quando necessária morte na fogueira para aqueles que eram considerados feiticeiros ou bruxas. Na Modernidade houve a mudança de problema espiritual para a perda da razão, da vontade, do livre arbítrio desajuste da moral, foi nessa época que surgiram os asilos, com a intenção de recolher, alojar, isolar, abrigar e alimentar não só os loucos, mas também os pobres, os criminosos e todos aqueles que não se adequassem as normas sociais. A função era na verdade promover a limpeza social e não um tratamento, usando esse pretexto para recolher pessoas de seus domicílios e aprisiona-las. Ainda na Modernidade o manicômio ganhou a ideia de tratamento, apreensão da loucura como saber médico, uma doença mental, procurando a cura da razão. Criou-se a ideia de que o louco era um sujeito perigoso e por isso deveria ser afastado do convívio social. O indivíduo que tiver uma atitude suspeita, ou seja, que se caracterize como perigoso por causa de sua aparência é controlado, podendo sofrer uma penalidade, não por aquilo que fizer, mas o que pode fazer. Com a internação do indivíduo, vem as práticas de tratamentos desumanos como: asilamento/exclusão, choques elétricos (que tinha a intenção de fazer a pessoa acordar fora do surto, prática esta que sabemos hoje ser responsável pela queima de neurônios, que não são capazes de se reconstruir), lobotomia,