Resenha do livro cidadania e loucura
As famílias de posse mantinham seus loucos guardados e escondidos em casa, muitas vezes sob a supervisão, acompanhamento e tratamento de profissionais da saúde, já aos pobres eram permitidos vagar pelos campos ou pelos mercados das cidades, sua sobrevivência assegurada pela caridade pública e pequenos trabalhos realizados para particulares. Na América colonial os governos municipais remuneravam famílias de lavradores dispostos a receber os loucos pobres não totalmente incapacitados para o trabalho, mais tarde foi chamado de armamentário terapêutico psiquiátrico cientifico.
Na Inglaterra uma lei de 1996 determinava que os vagabundos e ociosos deveriam ser postos no tronco por três dias e três noites, em caso de reincidência, surrados com chicote e ter um colar de ferro afixado ao pescoço. Outras formas de punição incluíam a marcação do corpo com um ferro em brasa e até a pena de morte para certos casos.
Na frança os trabalhadores que abandonavam o trabalho eram caçados como desertores das forças armadas e eventualmente condenados as galés. Os pais que se recusavam mandar seus filhos para o trabalho na indústria eram sujeitos a penas de pesadas muitas e prisão.
Os hospitais gerais não tinham nenhuma função curativa, apenas limpavam a cidade dos mendigos, antissociais em geral, davam trabalho aos desocupados, puniam a ociosidade e reeducavam para a moralidade mediante instrução religiosa e moral.
Nos asilos o louco