Louco infrator
Além da invisibilidade que o louco infrator sofre, há também gravíssimas violações dos direitos humanos dentro dos manicômios judiciários; estes que agora são chamados de hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico (HCTPs) mudaram de nome, mas nada em postura: a grande maioria continua atuando como verdadeiros depósitos de loucos, sem um real tratamento e com recorrentes denúncias de abusos morais e físicos, higiene precária. Além disso, a falta de acompanhamento psiquiátrico e ambulatorial adequados é costumeira, as medicações dadas aos pacientes são direcionadas exclusivamente ao controle, sem nenhum compromisso com a melhora ou a ressocialização do infrator. Um exemplo do tratamento desumano que as pessoas com deficiências mentais sofrem no Brasil é o caso do Hospital Colônia de Barbacena (MG), que de 1910 a 1986 contabilizou 60 mil mortes em suas dependências e ficou conhecido como o holocausto brasileiro. Apesar do Hospital Colônia de Barbacena não ser uma instituição voltada a abrigar loucos infratores, o tratamento que lá era imposto é reproduzido ainda hoje nos manicômios judiciais de nosso país. Dentro desse
Nós temos histórias trágicas de internação em manicômios judiciários e em manicômios comuns. Como é o caso que houve aqui no hospital Colônia aqui em Barbacena, que de 1910 a 1986, registrou a morte de 60 mil pessoas. Isto é considerado o