Lojkine, em seu texto, A Revolução Informacional , ao tratar das classes sociais na sociedade conteporânea, propõe a interpretação de algumas passagens de O Capital. Segundo ele, Marx teria antevisto uam mudança significativa na divisão do trabalho, o que teria gerado uma contradição em seu texto, em contrapartida Marx teria enxergado a completa separação entre a propriedade do capital e o trabalho de gestão e por outro lado ele também teria afirmado "uma 'completa separação entre o cientista e o trabalhador', a cisão entre os operários parcelares e as forças intelectuais da produção culminando 'na grande indústria, que faz da ciência uma força produtiva independente do trabalho e o coloca a serviço do capital' (K. Marx,1973, 2, 50)?" (Lojkine,1995:271), apud Lessa. Segundo Lojkine, Marx teria afirmado a ciência como força produtiva e em seu favor, cita uma frase da primeira tradução para o fracês do Livro I do O Capital, que foi feita por Joseph Roy e supervisionada por Marx. Neste trecho, Marx cita a grande indústria como a responsável por tornar a ciência em força produtiva, no entanto neste mesmo texto, esta afirmação é contraditada. Para Marx, em se tratando do trabalho, as forças produtivas só poderiam adentrar ao processo de objetivação através dos meios e instrumentos de trabalho, do objeto ou através da teleologia. Já que as forças produtivas não são um complexo ideológico, fica completamente inviabilizado qualquer concepção de ciência ou conheimento como meios, instrumentos de trabalho ou força produtiva. Sobre os instrumentos de trabalho Marx afirma: "O meio de trabalho é uma coisa ou um complexo de coisas que o trabalhador coloca entre si mesmo e o objeto de trabalho e que lhe serve de condutor de sua atividade sobre esse objeto. Ele utiliza as propriedades mecânicas, físicas químicas das coisas para fazê-las atuar como meios de poder sobre coisas, conforme seu objetivo." (Marx. 1983:150) apud Lessa. Com essas afirmações encontradas