Logística reversa
A crescente responsabilidade ambiental de uma “sociedade descartável” tornou aparente a necessidade de alternativas para o aterro e incineração de resíduos. Temos visto oportunidades de reintegrar produtos e materiais utilizados em processos de produção industrial. A reciclagem de aparas de papel e sucatas metálicas é um exemplo que já existe há muito tempo. A coleta e reutilização de embalagens e a recuperação de equipamentos eletrônicos são exemplos mais recentes. Esforços para eficientemente reutilizar produtos e materiais tem levantado novas questões que receberam muita atenção da engenharia. Também pela perspectiva logística, essas questões precisam ser respondidas. As oportunidades de reutilização dão origem a um fluxo de produtos dos consumidores de volta aos fabricantes. A administração desse fluxo, o qual é oposto ao fluxo da cadeia de abastecimento convecional, é de interesse do campo da “logística reversa”.
Logística de Distribuição Reversa
Uma primeira área de logística reversa diz respeito aos aspectos de planejamento da distribuição. Produtos utilizados precisam ser coletados e transportados para album ponto onde outro processamento e recomercialização são realizados. Em termos gerais, uma rede de distribuição reversa precisa ser montada. As partes envolvidas e suas respectivas funções nessa rede (ex.: coleto, transporte, classificação, reprocessamento) precisam ser determinadas. Deve ser observado que os custos envolvidos na implementação de uma rede de coleta e reutilização podem ser substanciais. Isso acontece, em particular, se forem necessários equipamentos de processamento altamente especializados e automatizados como, por exemplo, no caso da reciclagem de plástico. Além disso, altos custos do equipamento motivam uma estrutura de rede centralizada envolvendo, por outro lado, considerável transporte. Contudo, o valor dos produtos utilizados é baixo em muitos casos e o excesso de transporte