Logística Reversa
APARELHOS CELULARES
O crescimento da tecnologia de celulares levou o ser humano ao desejo de constante inovação, buscando trocar o velho aparelho por um de última geração. Mas se todos se propuserem a deixar seus velhos aparelhos de lado, aonde eles vão parar?
Poucos aparelhos eletrônicos se tornaram tão descartáveis quanto o celular. Hoje, cerca de 3,5 bilhões de pessoas -- o equivalente à metade da população do planeta -- tem uma linha móvel. Em média, essa multidão troca o aparelho em até dois anos. O descarte acelerado desses equipamentos representa um dos problemas ambientais mais graves da atualidade. Uma pesquisa da americana ReCellular, uma das maiores recicladoras de celulares do mundo, mostra que mais de 100 milhões de aparelhos são descartados por ano. Esse volume equivale, considerando o peso médio de 130 gramas por celular, a 13.000 toneladas placas, circuitos, plásticos e baterias com substâncias tóxicas, que compõem grande parte dos componentes de um celular e podem ser reciclados e voltar à indústria.
Com a crescente pressão de ONGs e dos próprios consumidores, a capacidade de não deixar (ou pelo menos diminuir) essas “pegadas” no meio ambiente se tornou a mais nova base de competição entre as grandes fabricantes de celulares. Além de lançar o modelo mais fino, leve, colorido, funcional e inovador, essas empresas agora correm para criar os equipamentos mais verdes do mercado -- que consomem menos energia e possuem menos materiais tóxicos e mais peças recicláveis.
Por trás dessa corrida existe uma mudança radical na maneira como as empresas pensam e estruturam seu negócio -- desde a concepção dos produtos até a criação de novos caminhos para trazê-los de volta, num movimento conhecido como logística reversa.
PIONEIRISMO FINLANDÊS:
NOKIA
A pioneira nesse campo é a finlandesa Nokia, maior fabricante de celulares do mundo, com vendas de 57 bilhões de dólares em 2007. O pontapé inicial em seu programa de