Lodo Ativo
A comunidade estabelecida nesse sistema é dinâmica e fundamental ao tratamento, sendo que cada espécie tem sua importância para o bom funcionamento do sistema. A estrutura dessa comunidade está diretamente ligada as condições operacionais e com a qualidade e quantidade de efluente que alimenta o processo, de modo que a avaliação microbiológica do lodo é capaz de fornecer informações sobre o desempenho da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e também qualidade do efluente.
Ao longo dos anos, alguns modelos, baseados nas características biológicas do lodo, foram propostos para a verificação das condições operacionais e a avaliação da eficiência dos sistemas de lodos ativados. Dentre estes, destacam-se o modelo criado por JENKINS et al, 2003[6], que leva em consideração as características da formação dos flocos biológicos, identificação e quantificação das bactérias filamentosas, dos protozoários e metazoários.
Flocos biológicos
Os flocos biológicos são formados basicamente por bactérias formadoras de flocos no reator biológico, e a saúde destas influencia na boa formação dos mesmos, e, consequentemente, na boa sedimentação dos flocos no decantador secundário.
O estudo dos flocos consiste em sua observação, contagem e classificação. Flocos ideais para uma boa tratabilidade e sedimentação são classificados como sendo predominantemente de médio e grande tamanhos, além de firmes, redondos e com aspecto compacto (Figura 1a).
Figura 1: Contraste de fase micrografia:
(a) flocos ideais, (b) floco pin-point e (c) floco com bulking filamentoso. Quando apenas bactérias formadoras de flocos estão presentes, os