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TERCEIRA PARTE
Economia escravista mineira SÉCULO XVIII
CAPÍTULO XIII -
POVOAMENTO E ARTICULAÇÃO DAS REGIÕES MERIDIONAIS
“ Em Portugal compreendeu-se claramente que a única saída estava na descoberta de metais preciosos. Retrocedia-se, assim, à idéia primitiva de que as terras americanas só se justificavam economicamente se chegassem a produzir os ditos metais.”
“Na região açucareira, os imigrantes regulares limitavam-se a artesãos e trabalhadores especializados que vinham diretamente para trabalhar nos engenhos. Em São Vicente a imigração fora inicialmente financiada pelo donatário com objetivos econômicos que resultariam em fracasso.”
“Muitos escravos chegam mesmo a trabalhar por conta própria, comprometendo-se a pagar periodicamente uma quantia fixa a seu dono, o que lhes abre a possibilidade de comprar a própria liberdade.”
“O gado do sul, cujos preços haviam permanecido sempre em níveis extremamente baixos, comparativamente aos que prevaleciam na região açucareira, valoriza-se rapidamente e alcança, em ocasiões, preços excepcionalmente altos.”
“Cada ano subiam do Rio Grande do Sul dezenas de milhares de mulas, as quais constituíam a principal fonte de renda da região. Esses animais se concentravam na região de São Paulo, onde, em grandes feiras, eram distribuídos aos compradores que provinham de diferentes regiões.” “A economia mineira abriu um novo ciclo de desenvolvimento para todas elas. Por um lado, elevou 55 substancialmente a rentabilidade da atividade pecuária, induzindo a uma utilização mais ampla das terras e do rebanho.”
CAPÍTULO XIV
FLUXO DA RENDA
“A base geográfica da economia mineira estava situada numa vasta região compreendida entre a serra da Mantiqueira, no atual Estado de
Minas, e a região de Cuiabá, no Mato Grosso, passando por Goiás.”
“Se se tem em conta que a população livre da região mineira não seria inferior, por essa época, a 300 mil pessoas, se