livros de destilação

­Livros de destilação

Na idade média (século XVI) houve uma grande difusão do conhecimento alquímico, em especial das técnicas de destilação, devido à criação dos livros impressos. Com essa nova tecnologia onde os livros passaram de manuscritos para impressos, começou-se a utilizar de ilustrações referentes aos processos de destilação principalmente aquele processo que faz uso do alambique. Esses livros estão entre os primeiros livros impressos na Europa, sendo um dos gêneros literários mais difundidos entre alquímicos e químicos. O termo “destilar” antigamente poderia se referir a qualquer processo que envolvesse gotejamento (sublimação, fusões e até mesmo filtrações), contudo os livros de destilação do século XVI enfatizavam o uso de alambiques para se extrair as “águas medicinais”.. A maioria dos livros de destilação, antes mesmo da definição da química, eram escritos por médicos ou cirurgiões no intuito de difundir as idéias da destilação para aprendizes e outros médicos, onde a intenção desta técnica sempre foi extrair (de fontes minerais, vegetais ou animais) o melhor da natureza para obtenção do remédio perfeito, o elixir da vida. Nesta forma de obter águas capazes de curar qualquer tipo de doença, os médicos afirmavam que os produtos obtidos por destilação eram mais poderosos do que simples infusões ou decocções de determinado material, isso porque a destilação podia extrair o mais puro poder curativo do material medicamentoso. Estas idéias sobre a destilação foram visualizadas tanto no Ocidente (Europa), quanto entre os povos árabes, onde a tradução do árabe para o latim foi a responsável pela difusão do conhecimento de tal técnica. Contudo não foram todos os livros árabes traduzidos para o latim, dentre uma gama de livros voltados para a medicina. Uma das principais fontes quinhentistas de processos de destilação é a enciclopédia médica Kitab Al-Tasrif de Albucasis (nome conhecido no mundo latino), onde foi traduzido apenas o Liber