Livro

1– Descrição do Caso

Vanderlei, 47 anos, nascido em 12/03/1965, foi locutor de rádio primeiro na Baixada, atualmente em São José dos Campos. Passou em um concurso para o Ministério do Trabalho, com uma função burocrática, porém ao ser chamado para o trabalho mudaram-no de função, e ele não compactuava com aquilo. Entrou na função de ouvidoria, reclamações, do ministério público. Traz para seu atendimento uma pasta, relatando desde o seu primeiro dia neste trabalho. Fez faculdade de advocacia e a partir de então se auto-representa, em processos como o de exoneração de cargo, movidos contra o hospital H.C. por demora para uma operação e queixa de um médico ao CRM (Grava todas as conversas em consulta). Mas não atua profissionalmente.

Chegou a levar uma arma para o serviço, não se sabe ao certo se era para se suicidar ou matar algum colega.

Ele tem um filho de quinze anos, que não fala com ele, cuida de sua mãe, é casado, teve uma vida empobrecida com a esposa, ela diz a terapeuta que quer seu marido volte a ser o que era antes.

Não fala da família, somente do trabalho, sendo que trabalhou lá durante vinte anos, estando afastado há doze anos. Foi encaminhado pela psiquiatria, é a quarta terapeuta em um ano, sendo da mesma equipe hospitalar, possui uma dor crônica no ouvido, fazendo com que ouça zumbidos, já passou por duas operações, sem sucesso.

Vanderlei chega ao hospital sempre às 13 horas sendo que o horário de seu atendimento é somente às 20 horas, seu atendimento é individual. Pediu que a terapeuta fizesse um laudo de que ele precisava estar frente a frente com seus delatores para esclarecimentos. Sua vida limita-se em fazer um livro de seiscentas páginas contando os “podres” do serviço público, e fazendo sua defesa.

2 – Atendimento

No momento do atendimento deve-se estar desprovido de todo e qualquer pré-suposto, pronto a acolher, sem se preocupar com a cura, mas sim com o cuidado.

3 – Fundamentação