Livro
Autora: Cristina Peixoto Batista, aluna do terceiro ano do curso de Estilismo e Moda da
Universidade Federal do Ceara, Brasil.
1. Apresentação
As guerras massacram, devastam, assolam, entristecem as vidas, as famílias, as cidades.
Uma sociedade em tempos de guerra sofre muitas e drásticas mudanças, desde seu modo de pensar até seu modo de vestir.
No final da Primeira Guerra Mundial, a Europa estava em ruínas no campo econômico e social, além de 13 milhões de pessoas que morreram durante a guerra. E a estas baixas é preciso juntar as que, no seio das populações civis, resultaram das invasões, das epidemias, das restrições alimentares e da fome, bem como do déficit da natalidade. Um assombroso custo econômico se refletia no desgaste do material de transporte, do instrumental das fábricas que foram utilizadas ao máximo e insuficientemente renovadas e conservadas, o que representa no total uma séria diminuição de seu potencial econômico. Houve não só prejuízo pela falta de crescimento da produção e de natalidade, mas também o endividamento dos países beligerantes que tiveram de contrair empréstimos, ceder parte de suas reservas de ouro e desfazer-se de parte de seus investimentos no estrangeiro.
Diante desse cenário devastador, onde a esperança parece se desvanecer, a Europa viveu um período de intensa criatividade no mundo da moda. Muitos estilos revolucionários nasceram desse panorama crítico.
Pensando nessas reações, se decidiu destacar a etapa posterior das duas maiores guerras da história ocidental: a 1ª Guerra Mundial, acontecida na segunda metade da década de 10, e a 2ª
Guerra Mundial, acontecida entre os anos de 1939 a 1945.
Essa escolha se baseou em um estudo feito para um trabalho de monitoria do Curso de
Estilismo e Moda da Universidade Federal do Ceará, onde se analisou a beleza feminina desde a década de 1900 até os anos 50. Após a